quinta-feira, 29 de abril de 2010

Se eu fosse você voltava pra mim de novo.


Quando somos crianças sonhamos em crescer e sair de casa, para cuidar e ser dono da própria vida. Quem nesta vida já não sonhou assim, não é mesmo? Ainda mais nesta época em que a maioria dos jovens acha que o mundo oferece tudo de bom, e que quando os pais não deixam seus filhos “ganhar a rua”, são tachados de chatos, os filhos falam que os pais não sabem de nada e que não gostam deles... Mas, quão bom seria se escutássemos sempre o que aqueles coroas tem a nos dizer! Podem ter certeza que o mundo seria bem melhor. Todavia, infelizmente o que mais escutamos é aquela famosa frase: “Ô meu filho, eu não te falei que não fizesse isso?!”, e muitas vezes esses pais não têm essa oportunidade de fala essa frase para seus filhos, e acabam sofrendo e se culpando por não ter sido pais melhores. Frase esta que tem um tom tão grande de Amor e carinho, mas por sermos filhos desatentos não damos o devido valor. Assim é na vida cristã, quando nascemos estamos nos braços de Deus, nossos corações estão puros, mas durante a vida esquecemos-nos do Pai que nos deu a vida. Quando criança, chamamos de “Papai do céu”, quando ficamos adultos esquecemos e culpamos nosso bom Deus por tudo, chegamos a não mais acreditar e passamos a viver por conta própria e buscando outros amores, usando toda herança de DEUS, para coisas que vão nos destruir e fazer um grande mal, se não destruir nossas vidas para sempre. Mas DEUS com todo seu AMOR durante a nossa vida, sempre procura mostra que Ele sempre estará esperando por nós. Uma das mais importantes parábolas expressa isto com bastante intensidade: o filho pródigo (Lc15, 11-32) e mostra como somos muitas vezes durante nossa vida, “Pai dá-me a parte da herança que me cabe Lc 15,12”, quantas vezes já fizemos isso com nosso DEUS, “dá-me a parte que me cabe” O mundo constantemente se mostra reluzente, porém quase sempre não é ouro, ou quando é, é ouro de tolo, sem valor nenhum. Juntamos todas as nossas coisas e saímos de perto do nosso Pai amado, encontramos durante essa fase, lugares e pessoas que nos levam a gastar nossa herança, usando-a de uma forma totalmente desgarrada e sem limites, festas e mais festas... “E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada (...)”, depois quando não temos nada a oferecer, procuramos por algum daqueles amores que agora apenas bate a porta na nossa cara, humilhando fazendo-nos de escravos. Alguns jovens entregam-se às drogas, à prostituição, acabando de vez com aquele filho amado do início deste texto, aquele que chamava “Papai do céu” e hoje apenas realiza o que os outros querem, sujeitando-se a ser mero objeto descartável. Mas, “Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos” (Mt18,14), nosso DEUS , não quer que esqueçamos de Sua Paternidade, e no ponto alto de toda esse descaracterização, ele mostra o caminho, que muitos ainda não percebem, mas para os que entendem, “então caiu em si e disse: quantos empregados meu pai têm com pão em abundância , e eu aqui morrendo de fome. Vou voltar para o meu pai e dize – lhe ‘Pai , pequei contra Deus, e contra ti , já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como um dos seus empregados...”(Lc15, 17;19). E assim voltamos para casa, voltamos para o nosso primeiro AMOR. E de longe nosso pai vem ao nosso encontro, “Quando ainda tava longe, seu pai o avistou e foi tomado de compaixão. Correu-lhe, ao encontro, abraçou-o e o cobriu de beijos...” (Lc15, 20), mostrando todo seu amor, faz uma festa para receber aquele que tava perdido e agora está de volta ao aconchego dos braços do pai. Tem um trecho de uma música de autoria do artista cearense, Fagner, que descreve bem como Deus nos mostra todo seu amor e que é verdadeiro deixa marcas: “Sei que aí dentro ainda mora um pedacinho de mim/Um grande amor não se acaba assim/Feito espumas ao vento...”, e que essas marcas não acabam como espumas ao vento e com essa certeza, DEUS canta : “E sem saber direito a hora e o que fazer/Eu não encontro uma palavra para te dizer/Ah! se eu fosse você eu voltava pra mim de novo/E uma coisa fique certa, amor/A porta vai estar sempre aberta, amor/O meu olhar vai dar uma festa, amor/Na hora que você chegar...” E assim, compreendemos que este AMOR não existe em nenhum lugar neste mundo! Que este é Amor de ouro, que reluz vida e felicidade! E que Deus estará sempre cantando “e se eu fosse você, eu voltava pra mim de novo”, tenhamos a certeza que a porta sempre vai tar aberta, só depende da gente ter a coragem, com o filho pródigo teve, de voltar. Se eu fosse você eu voltava pra DEUS de novo.