domingo, 15 de setembro de 2013

TRATADO DO DESÂNIMO - INTRODUÇÃO.






O Blog a Grande Guerra, está transcrevendo um livro chamado o  TRATADO DO DESÂNIMO  de autoria do Padre J. Michel, 1951. Como afirma a autora do blog: "vivemos em épocas difíceis onde a esperança é rara mesmo entre os católicos enquanto que o desânimo vai ganhando espaço e destruindo almas." Dessa forma o conquistando as alturas vai postar todo essa material para ajudar a divulgar esse livro de imenso valor para os católicos do século XXI.


PERIGOS E EFEITOS FUNESTOS DO DESÂNIMO

O desânimo é a tentação mais perigosa que o inimigo da salvação dos homens possa pôr por obra. Nas outras tentações, ele só ataca uma virtude em particular e mostra-se a descoberto; no desânimo, ataca-as todas, e esconde-se.

Nas outras tentações, vê-se facilmente a cilada: na Religião, não raro na pró­pria razão, e numa educação cristã, acha­mos sentimentos que as condenam: a vis­ta do mal que não podemos disfarçar, a consciência, os princípios de Religião que despertam, servem de apoio para nos sus­tentarmos. No desânimo não achamos so­corro algum; sentimos que a razão não basta para praticar todo o bem que Deus pede; por outro lado, não esperamos achar junto a Deus a proteção de que havemos mister para resistirmos às paixões. Acha­mo-nos, pois, sem coragem, prontos a tu­do abandonar; e é até aí que o demônio quer conduzir a alma desanimada.

Nas outras tentações, vemos claramente que seria mal aderirmos a elas por um sentimento refletido: no desânimo, disfarçado sob mil formas, acreditamos ter razões as mais sólidas para nos deixarmos guiar por esse sentimento, que não consideramos como uma tentação. Entretanto, esse sentimento faz considerar como impossível a prática constante das virtudes, e expõe a alma a se deixar vencer por todas ais paixões. É, pois, importante evitar essa cilada.
 
Fonte: http://a-grande-guerra.blogspot.com.br/ 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Católicos, desliguem a TV

Os meios de comunicação social modernos exercem um novo tipo de apostolado na sociedade, o apostolado da perversão





São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei, pedia a seus filhos espirituais que promovessem o "apostolado da diversão". O santo enxergava a necessidade de renovar os costumes populares, afastando-os das ocasiões de pecado, da maledicência da língua e da concupiscência da carne. Dizia que era preciso pessoas dispostas a trabalhar nesta tarefa urgente: "recristianizar as festas… evitar que os espetáculos públicos se vejam nesta disjuntiva: ou piegas ou pagãos" (Caminho, n. 917)


Considerando o mau gosto dos entretenimentos de hoje em dia - incentivados de todos os modos pelos meios de comunicação -, percebe-se que São Josemaria estava certo. O culto à feiúra está na moda. E no que depender da grande mídia ainda vai perdurar por muito tempo. Os espetáculos de bizarrices, o apelo ao erótico, a defesa intransigente de contravalores, a ridicularização do bem e a exaltação do mal denotam a putrefação da sociedade, quer na periferia, quer nas áreas nobres. Cláudio Abramo, renomado jornalista, escrevia a seus leitores: "O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter." Que diria agora se visse o que fazem seus colegas?

A produção midiática se transformou no exercício diário da malandragem. Publicam-se mentiras, promovem-se imoralidades, a inocência das crianças é corrompida e elas são expostas, desde a tenra idade, a publicações abjetas, que fariam qualquer pessoa equilibrada corar o rosto de vergonha. Mas vergonha? Que vergonha? A lama que cobre seus corpos se tornou motivo de orgulho, direitos humanos, liberdade, amor… essa palavra tão banalizada e mal compreendida. Há um apostolado, sim, praticado pela imprensa: o apostolado da perversão!

Todavia, esse apostolado não teria frutos se não contasse com a anuência dos próprios cristãos. Bento XVI, quando esteve no Brasil, exortou a Igreja a "dizer não àqueles meios de comunicação social que ridicularizam a santidade do matrimônio e a virgindade antes do casamento."01 Foi como jogar pérolas aos porcos - e a audiência das novelas está aí para provar. Para a mídia então, foi motivo de piada. E com a tola justificativa de sempre: "somos uma emissora laica, com uma visão de cultura e mesmo de comportamento social e moral que não segue preceitos religiosos."02

Ora, não é preciso seguir preceitos religiosos para discernir sobre o direito inalienável à vida (desde a concepção até a morte natural), à educação dos filhos e ao matrimônio entre um homem e uma mulher; "não são valores exclusivamente cristãos, mas apenas a manifestação evidente de valores humanos"03. Quando se nega esses valores, ou pior, faz-se lobby contra eles, é o próprio corpo da sociedade que ameaça ruir. Por isso o Concílio Vaticano II ressaltou que "para o reto uso destes meios (os meios de comunicação), é absolutamente necessário que todos os que servem deles conheçam e ponham fielmente em prática, neste campo, as normas da ordem moral."04

Com efeito, é preciso, sim, que mais pessoas estejam dispostas a recristianizar o lazer, a cultura, a diversão, como propunha São Josemaria. Se há um apostolado da perversão praticado pelos meios de comunicação social, a sua existência se deve à covardia e à indiferença dos bons. Cabe aos cristãos a nobre tarefa de trazer luz a esses terrenos tão sombrios da vida cotidiana. Elevá-los à condição de filhos de Deus, porque é este o sentido de toda e qualquer atividade missionária: a filiação divina!

"Reconhece, cristão, a tua dignidade… foste transferido para a luz e para o Reino de Deus» (São Leão Magno, Sermão I sobre o Natal, 3, 2: CCL 138, 88).

Fonte:http://padrepauloricardo.org/blog