terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Carnaval, de novo...

Estava na internet buscando recursos para escrever sobre essa festa que se aproxima e que deturpa a ordem natural do ser Humano, então no meio da minha busca encontrei esse texto do meu irmão em Cristo Fábio Luciano do Grupo de Resgate Anjos de Adoração - GRAA, no final segue o link para o blog do mesmo. Texto muito bom e mostra a verdade sobre essa festa e o caminho para um cristão. Entre esses caminhos temos os retiros espirituais, que deixo aqui o pedido de orações para o primeiro retiro de carnaval do movimento Treinamento de Liderança Cristã - T.L.C da Diocese de Penedo - AL. E fica o convite para participar do retiro! Deus nos quer por inteiro e não pedaços do nosso ser.  Boa leitura e reflexão, que nosso Criador nos conduza a conquista das alturas.




Por Fábio Luciano 

"Nestes dois últimos dias de carnaval conheci um grande acúmulo de castigos e pecados. O Senhor deu-me a conhecer num instante os pecados do mundo inteiro cometidos nestes dias. Desfaleci de terror e, apesar de conhecer toda a profundeza da misericórdia divina, admirei-me que Deus permita que a humanidade exista" (Santa Faustina, Diário 926)

E estamos novamente às portas desta festa profana que antecede o tempo santo da quaresma: o carnaval, a festa da carne, da carne contra o espírito, da carne contra a dignidade, do que há de mais baixo na carne, da degradação moral, da prostituição moral coletiva e celebrada como um tesouro nacional.

Em um tempo de materialismo e de hedonismo como o nosso, em que a realidade é identificada com aquilo que é captado pelos sentidos, o carnaval surge como uma ocasião em que esta realidade se adensa, em que a vida se torna mais "viva", e as pessoas darão livre curso à busca de prazeres, sem preocupar-se quando isto vai contra os limites do lícito.

No carnaval, identifica-se facilmente a presença da tríplice concupiscência: a dos olhos, que observam os atos imorais cometidos sem constrangimento e os corpos quase ou totalmente nus que desfilam e se ostentam; a da carne, que deseja imoralmente aquilo que é percebido pelos olhos e que procura criar oportunidades para as satisfações mais torpes; e a soberba da vida, que obscurece, na alma das pessoas, os limites morais, e faz com que elas acreditem ser absolutamente autônomas, criadoras de sua própria lei.

No carnaval, intensificam-se, também, as investidas dos três inimigos da alma: a carne, já referida, que se vê fragilizada e tentada à egoísta satisfação de seus desejos; o mundo, que divulga um falso ideal de felicidade e valoriza uma pessoa à medida em que ela se esvazia de seus escrúpulos e se lança a chafurdar na lavagem de impurezas que é esta festa; e o demônio, cuja existência tem sido desacreditada nesta nossa modernidade tão sábia e superior, o que somente facilita a sua investida contra os fautores e participantes desta bagunça.

Alguns dizem que o carnaval é uma ocasião conveniente de preparar-se para o tempo quaresmal, marcado pela sobriedade e gravidade. O pressuposto aqui é que a quaresma seria um tempo de tristeza e que a alegria é fruto de sensações intensas. Mas ambos são falsos. A quaresma pretende ser um tempo de maior proximidade com Deus. Logo, ela não deve conduzir, de nenhum modo, à tristeza. O carnaval, ao contrário, passados os quatro dias de devassidão, somente pode deixar na alma o gosto amargo da frustração, da ausência de sentido, da não correspondência aos desejos mais íntimos da alma humana. Isso pode ser percebido por quem ainda cultiva um mínimo de auto-exame.

A alegria não é fruto de intensas sensações. Primeiro, convém distinguir o prazer da alegria. Eles são muito diferentes, embora possam coexistir. O prazer, por si, não é mau; é bom. Deus foi quem nos deu os meios de experimentá-lo. Mas, por ser agradável e fácil de se produzir, tornou-se um instrumento do egoísmo e do pecado, que tentam manipulá-lo intensificando-o e estendendo-o. Daí as drogas, o sexo desregrado e todos os demais vícios.

É óbvio que, num contexto assim, embora possa existir o prazer, não poderá haver a alegria, que é algo espiritual. Nos tornamos alegres quando correspondemos ao que somos; é uma resposta da alma à verdade da vida. É por isso que, mesmo na dor - que impede o prazer -, pode haver alegria e, às vezes, uma alegria imensa. Nós deveríamos nos aproximar desta alegria na quaresma, que é um tempo em que combatemos mais acirradamente as nossas desordens com o fim de nos aproximarmos de Deus.

O carnaval, no entanto, somente pode proporcionar um baixo prazer, tão sólido quanto fumaça, e que só deixará um cheiro enjoado ao fim de quatro dias, e uma alma triste porque teve de contemplar e submeter-se ao que há de mais rasteiro.

Alguns dizem que não há problemas no carnaval se a pessoa não pretende imitar essas ilicitudes. De fato, não haveria problemas se se tratasse de uma festa comum. No entanto, o mero fato de estar lá, presente, faz com que a pessoa termine vendo e ouvindo o que não convém. Depois disto, continuar a defender uma suposta imunidade é o mesmo que não conhecer a natureza humana decaída, totalmente influenciável pela sensualidade.

Enfim, já é bem conhecida a posição católica sobre o assunto. Porém, neste nosso século orgulhoso e soberbo, não faltará quem tente amenizar as coisas, dizendo que não é bem assim, que o Carnaval é algo legal e não sei que mais. É como eu disse: se fosse uma festa comum, em que as pessoas apenas se divertissem sem apelos à sensualidade e sem músicas toscas, a coisa seria, sim, lícita. Quem deseja festejar em casa, com os amigos, não tem nada do que se envergonhar, desde que cuide para não promover impurezas.

Mas, a meu ver, o mais adequado é, mesmo, participar de retiros espirituais ou viajar para locais mais ou menos isentos desse barulho e, claro, nem ligar a Tv.

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